Puro

by Jukka Tiensuu

for clarinet and orchestra

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Jukka Tiensuu

Puro

Music Finland

Description

The very name of the clarinet concerto Puro (1989) permits a host of interpretations. In Italian puro means pure: the harmonies of lucid clarity may be perceived in their own way as ‘pure’. In Finnish puro means a stream, possibly referring to music that flows along with improvisatory freedom. The fact that the German word for a stream is Bach says nothing of the stylistic ambience of the work, but the open cadenza does hint at the improvisation tradition now declared dead in Western art music.

Puro is not a concerto in which the individual and the collective engage in some kind of heroic battle. Instead, it is more of a hall of mirrors in which the solo clarinet casts out ideas which are then reflected in sounds and gestures in the orchestra.

© Lauri Otonkoski

(Avanti! Summer Sounds, 1998)

Klarinettikonsertto Puro (1989) antaa otsikoltaan aihetta moniin tulkintoihin. Italiaksi ”puro” tarkoittaa puhdasta: läpikuultavan selkeät harmoniat voidaan aistia omalla tavallaan ”puhtaina”. Suomen kielen merkitys ”purolle” viittaisi ehkä improvisatorisella vapaudella virtailevaan musiikkiin. Se että saksaksi puro on Bach, ei kerro teoksen tyylimaailmasta vielä mitään, mutta avoimeksi jätetty kadenssi toki liittyy jo kuolleeksikin luultuun eurooppalaisen taidemusiikin improvisaatiotraditioon.

Puro ei ole konsertto, jossa yksilö ja kollektiivi kävisivät jonkinlaisen herooisen ”kamppailun”. Puro on pikemminkin kuin peiligalleria, jossa sooloklarinetti teoksen ideanikkarina herättelee orkesterista peilikuvan kaltaisia sointeja ja eleitä.

© Lauri Otonkoski

(XIII Suvisoitto, 1998)

Titeln på klarinettkonserten Puro (1989) ger upphov till många tolkningar. Puro är italienska och betyder ”ren”: de genomskinligt klara harmonierna kan uppfattas som ”rena”. Den finska ordet ”puro” betyder ”bäck” och för kanske tanken till musik som portar fram med improvisatorisk frihet. Det faktum att en finsk ”puro” är Bach på tyska avslöjar ännu ingenting om verkets stilistiska värld men kadensen som lämnas öppen hänför sig till den europeiska konstmusikens improvisationstradition, som många trott har varit saligen avsomnad.

Puro är ingen konsert där individen och kollektivet ägnar sig åt något slags heroisk tvekamp. Puro är snarare ett spegelgalleri där soloklarinetten som idékläckare hos orkestern framkallar reflexartade klanger och harmonier.

© Lauri Otonkoski

(XIII Suvisoitto, 1998)

O título desta obra, por si só, sugere numerosas interpretações. Em italiano ou português significa “puro” e, sem dúvida, os acordes nos quais toda a estrutura do concerto repousa podem muito bem ser definidos como translúcidos e claros; numa só palavra, puros. Todavia, em finlandês a palavra “puro” significa “corrente” – uma possível referência à fluidez da música que torna possível toda a liberdade de improvisação, ainda que, no entanto, algumas vezes se solidifique em cristais de gelo.

A associação evocada pelo facto de que a palavra finlandesa “puro” é traduzida para o alemão como “bach” não se adequa a esta obra, já que Tiensuu de forma alguma tenta aqui reflectir ou comentar a música dos mestres barrocos. A única referência à tradição europeia de improvisação, hoje em dia supostamente extinta, é a cadência solística.

Puro tem um só andamento. A cadência surge no ponto tradicionalmente apropriado, ou seja, no andamento de abertura do concerto clássico, antes da secção final. Embora ostensivamente construido em apenas um andamento, Puro é dividido em secções de características marcadamente contrastantes.

A abertura é como um chuvisco de pedras preciosas: uma gema vista de diferentes ângulos e sob diferentes luzes.

O ânimo muda e as cordas embarcam num tema rítmico galopante e vividamente articulado. Como contraste, reveste-se de campos aleatórios que trazem à mente uma imitação acústica dos coloridos efeitos típicos da música electrónica – uma técnica já familiar noutros trabalhos orquestrais de Tiensuu. Ao chegar à metade da obra, as facetas sonoras são transformadas em espelhos. O solo de clarinete provoca reflexos e ecos na orquestra e a música adquire um tom divertido. O caminho está preparado para a cadência, na qual o solista improvisa conforme o ânimo, a acústica e o melhor da sua técnica.

Puro não é um concerto no sentido de “teste de força” envolvendo um solista e um corpo colectivo. É, antes, um estado de espírito, uma sala de espelhos na qual o solo de clarinete provoca novos timbres e gestos na orquestra.

© Lauri Otonkoski

(Nos confins da Europa, Portugal)


Instrumentation

2220 2220 01 0, str, cl solo


Category

Works for Soloist(s) and Orchestra


Premiere

Kari Kriikku, clarinet, Finnish Radio Symphony Orchestra, cond. Jukka-Pekka Saraste, Helsinki, 26 April 1989


Commisioned by / dedications

Commissioned by the Finnish Broadcasting Company


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MF10108


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